Olá caro leitor!
Neste artigo falarei sobre um tema fundamental: A salvação.
O artigo que será refutado aqui encontra-se no site https://www.veritatis.com.br/
Aqui, o leitor poderá ver o que os católicos de fato ensinam em relação à salvação na igreja católica, e como eles vêem a salvação biblica, chamada por eles de "protestante".
Ao final, o leitor poderá constatar, pelas Escrituras, quem está com a verdade.
A refutação se dará com o artigo refutado em azul, versículos em verde, e refutações em branco.
Que Deus nos dê sabedoria e discernimento para compreender a verdade acerca de tão grande salvação.
Boa leitura!
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A Salvação para o Protestante
Para o Protestante basta a pessoa se declarar salva devido sua Fé, sem contudo ser tornada conforme à vontade Divina, sem que seja purificada ou Santificada, e isso é feito por uma aceitação pessoal de Jesus como seu Salvador. Como diz Lutero: Os méritos de Jesus não levam em conta os pecados do indivíduo; a Fé confiante faz com que Deus nos recubra com o manto dos méritos de Cristo, declarando-nos justos. O crente diz estar certo da Salvação eterna em qualquer fase da sua vida, desde que mantenha a Fé confiante. Donde o famoso adágio atribuído a Lutero: "Pecco fortiter, sed fortius credo" (Peco intensamente, mas ainda mais intensamente creio).
O autor do artigo já começa metralhando a doutrina da salvação ensinada pelos protestantes.
Vejamos alguns versículos bíblicos comparados com as afirmações feitas por ele.
Só lembrando: Quem declara a pessoa salva não é a própria pessoa, mas o próprio Deus, no momento em que ela confia na provisão que Ele próprio deu ao homem, que é Jesus Cristo, como única e suficiente para assegurar sua salvação e sua eterna existência junto ao Pai.
Para o Protestante basta a pessoa se declarar salva devido sua Fé, sem contudo ser tornada conforme à vontade Divina, sem que seja purificada ou Santificada, e isso é feito por uma aceitação pessoal de Jesus como seu Salvador.
"Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e näo entrará em condenaçäo, mas passou da morte para a vida." (João 5.24)
Vale ressaltar que ninguém morre perfeito como Deus é. A base da nossa salvação não pode ser nossa própria justiça, porque esta é imperfeita. Por mais que a pessoa se santifique, não há a menor possibilidade de que alguém seja aceito por Deus com base em sua própria justiça.
O que nos condena perante Deus não são nossos atos pecaminosos (pecados) colocados em prática, mas sim nossa própria natureza pecaminosa (O pecado) que habita em nós (Rm 7.17, 20). Não podemos nos livrar dessa natureza enquanto estamos vivos, portanto, até o momento de nossa morte, ainda assim, seremos impuros. Paulo nos afirma em Efésios 2.3 que somos "por natureza" filhos da ira.
Ao contrário do que o catolicismo ensina, que o pecado original herdado de Adão é apagado no batismo, a bíblia é muito clara em nos afirmar exatamente o contrário. O que nos torna inimigos de Deus não é a culpa de Adão somente, mas sim nossa própria natureza pecaminosa herdada dele.
Os católicos erram quando pensam que o homem pode ser perfeitamente conformado à santidade de Cristo para que só então seja salvo. Para isso, teríamos que arrancar essa natureza corrupta de dentro de nós. O padrão imposto por Jesus e por Deus é alto: "Sejam perfeitos como Deus!". Quem pode ser assim?
Católicos erram ao definir o que é pecado. Pecado é toda e qualquer falha que nos desvie do alvo, que é sermos 100% conformes à imagem de Deus. Qualquer coisa que nos desvie disso é pecado, e qualquer pecado é condenável aos olhos de Deus. Lembrando: os atos pecaminosos vêm de nossa natureza pecaminosa antes de serem colocados em prática, o que mostra que o homem não tem a mínima chance de ser digno de estar na presença de Deus.
Os méritos de Jesus não levam em conta os pecados do indivíduo; a Fé confiante faz com que Deus nos recubra com o manto dos méritos de Cristo, declarando-nos justos.
"E seja achado nele [Jesus Cristo], näo tendo a minha justiça que vem da lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a saber, a justiça que vem de Deus pela fé." (Filipenses 3.9)
"Näo pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneraçäo e da renovaçäo do Espírito Santo." (Tito 3.5)
"Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)" (Efésios 2.5)
"Regozijar-me-ei muito no SENHOR, a minha alma se alegrará no meu Deus; porque me vestiu de roupas de salvaçäo, cobriu-me com o manto de justiça, como um noivo se adorna com turbante sacerdotal, e como a noiva que se enfeita com as suas jóias." (Isaías 61.10)
O crente diz estar certo da Salvação eterna em qualquer fase da sua vida, desde que mantenha a Fé confiante.
"Estas coisas vos escrevi a vós, os que credes no nome do Filho de Deus, para que saibais que tendes a vida eterna, e para que creiais no nome do Filho de Deus." (1 João 5.13)
Nós já temos a salvação eterna no momento em que cremos. Isso é algo que confunde a mente dos católicos. A salvação pode ser dividida em três etapas:
1) Justificação (acontece no momento em que cremos): Deus nos declara inocentes de toda e qualquer condenação proveniente do pecado com base nos méritos de Cristo somente. Essa etapa da salvação nos livra da condenação eterna do pecado, ou seja, já não seremos mais condenados, porque Jesus já pagou o preço total para nos libertar e nos resgatar (redimir).
Esta etapa nos livra da PENALIDADE, ou condenação, do pecado. É por isso que Paulo diz que já não há mais condenação para os que estão em cristo Jesus (Romanos 8.1).
2) Santificação (acontece durante a vida toda): Deus, após colocar o Seu Espírito em nós mostrando que nos aceitou como filhos e que Ele nos vê como plenamente puros e inocentes, nos capacita, ao longo de toda a vida, a nos mantermos em seus caminhos. Podemos até fraquejar, mas Ele, como um Pai, nos disciplina (Hebreus 12.6-9), e como um Pastor, nos guia de volta para perto dEle quando nos desviamos.
Esta etapa nos livra do PODER do pecado e de sua influência sobre nós no dia a dia.
3) Glorificação (acontece no futuro, quando Cristo voltar): Essa é a consumação de nossa salvação, onde estaremos, de fato, para sempre com o Senhor. Seremos ressuscitados ou glorificados por meio do Espírito Santo que habita em nós (Romanos 8.11).
Esta etapa nos livra plenamente da PRESENÇA do pecado em nossos corpos definitivamente pelo poder de Deus.3
Quando os católicos conseguirem fazer distinção entre essas etapas eles finalmente entenderão o quanto estão sendo enganados pela ICR, que confunde justificação com santificação, e ensina que a salvação só pode ser alcançada após ter perseverado a vida toda, ainda que com a graça de Deus.
Na verdade, é com base em seus próprios esforços, porquê se não entendem o processo de justifcação como sendo uma troca entre o pecador e Cristo aos olhos de Deus, sem que Deus altere a essência de qualquer um dos dois, eles não podem ter, em si, o Espírito Santo dado somente aos que creem (João 7.39), e isso mostra que Deus ainda não os perdoou nem os aceitou.
"[Vocês] Que mediante a fé estais guardados pelo poder de Deus para a salvaçäo, já prestes para se revelar no último tempo." (1 Pedro 1.5)
"Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo." (Filipenses 1.6)
O autor do artigo fala sobre a fé confiante. Essa "fé confiante" também é gerada por Deus em nós. Portanto, é Ele quem nos capacita a chegarmos ao fim sem desistir. Isso porque Ele já nos aceitou, independente de nossa justiça própria.
Quando cremos que Jesus foi nosso substituto na cruz, entendemos que Deus o "declarou" culpado por nossos pecados, contudo, sem de fato tornar nossos pecados parte intrínseca dele.
Da mesma forma, quando aceitamos que essa troca foi em nosso favor, Deus nos "declara" justos, exatamente como Cristo, contudo, sem de fato nos tornar tão justos quanto ele intrinsecamente.
O castigo por nossos pecados foi colocado sobre Cristo, e a inocência dele é colocada sobre os nossos ombros. Deus, antes, o via como justo e nós como condenados, agora, Ele vê Cristo como condenado, e nós como justos no momento em que cremos nessa troca.
Deus não vê méritos em nós mesmos, mas vê em nós os méritos de Cristo. Recomendo fortemente a leitura do artigo O JESUS PECAMINOSO DO CATOLICISMO ROMANO, para entender melhor esse assunto.
E prova de que Ele nos aceitou quando cremos, é que somos vivificados espiritualmente (Efésios 2.1-5), Seu próprio Espírito vem habitar no coração do homem (João 7.38-39; 1 Coríntios 3.16), Ele nos sela com Seu Espírito como garantia de nossa salvação a ser consumada plenamente na vinda de Cristo (Efésios 1.13-14; 4.30; 2 Coríntios 1.20-22) e nos adota como Seus filhos verdadeiros no tornando parte de Sua família (João 1.12-13). Tudo isso, no momento em que cremos!
Dali pra frente, é através do Espírito Santo habitando no coração do homem, que Deus garantirá que o homem chegue até o fim sem desisti conforme nos mostra Filipenses 1.6 e 1Pedro 1.5, acima.
Só com essa meia dúzia de versículos, já conseguimos destacar que o autor do artigo está, claramente, afirmando que a doutrina "protestante" da salvação é confirmada pelo que a própria bíblia ensina.
Ou será que eu estou errado?
Além do mais, ele está CRITICANDO esse modelo de salvação, e isso é uma crítica direta à Palavra de Deus.
Donde o famoso adágio atribuído a Lutero: "Pecco fortiter, sed fortius credo" (Peco intensamente, mas ainda mais intensamente creio).
E sobre essa frase de Lutero, eu gostaria de dizer que ele, infelizmente, só foi mais um dos que perceberam o erro do catolicismo, assim como Huss, Savonarola e Wycllife. Ele tinha muitas falhas e erros teológicos, e isso é fato. Ele queria reformar a igreja católica por dentro, porque ainda assim achava que essa era a igreja verdadeira. Ledo engano.
Portanto, nós, cristãos sérios, não seguimos doutrinas de homens, mas sim aquilo que está na Palavra de Deus. E Lutero percebeu muito bem que algo na ICR não cheirava bem, tendo coragem para enfrentar toda aquela podridão. E a respeito da frase de Lutero, é somente isso o que os católicos sabem fazer. Tirar as coisas do contexto para justificar o que querem.
O que Lutero realmente disse afinal de contas, e qual foi o contexto?
Ele disse: "Be a sinner and sin boldly, but believe and rejoice in Christ even more boldly, for he is victorious over sin, death, and the world."
Tradução: "SEJA UM PECADOR E PEQUE ATREVIDAMENTE, MAS CREIA E REGOZIJE-SE EM CRISTO AINDA MAIS ATREVIDAMENTE, POIS ELE É VITORIOSO SOBRE O PECADO, SOBRE A MORTE E SOBRE O MUNDO".
Curioso não? Porque os católicos não citam a frase completa? Além do mais, qual é o contexto onde Lutero disse isso?
Talvez o leitor mais interessado em saber mais sobre o assunto e sobre o que Lutero realmente quis dizer com essa frase queira acessar a seguinte página (infelizmente em inglês) e descobrir, por si mesmo, como os católicos distorcem os ensinamentos de Lutero.
Fonte (em inglês): https://tquid.sharpens.org/sin_
Voltemos ao nosso artigo...
Que dizer a Respeito?
Não há dúvida, a Escritura ensina que a remissão dos pecados é gratuitamente concedida aos homens mediante os méritos de Cristo (Romanos 5,8). O homem não pode merecer o perdão, mas ele o aceita contritamente.
Nisso, temos que concordar com o autor. Porém...
Contudo, a Escritura ensina também que o perdão concedido por Deus não é mera fórmula jurídica em virtude da qual não nos seria mais levado em conta o pecado (que, apesar de tudo ficaria a contaminar a alma).
Aqui vemos que o autor não consegue entender o que Deus realizou por intermédio de Cristo, pois ao mesmo tempo que ele afirma que a remissão dos pecados é "gratuitamente concedida mediante os méritos de Cristo", ele diz que o perdão concedido por Deus não é "mera fórmula jurídica em virtude da qual não nos seria mais levado em conta o pecado... que FICARIA A CONTAMINAR A ALMA".
Como assim, Deus nos perdoa através do sacrifício de Cristo, mas ainda assim tem que levar em conta nosso pecado?
"Porque serei misericordioso para com suas iniqüidades, E de seus pecados e de suas prevaricaçöes näo me lembrarei mais." (Hebreus 8.12)
Os católicos falham em entender o que Jesus pagou com seu sangue. Jesus não morreu para que Deus nos perdoasse simplesmente. Ele morreu para PAGAR PLENAMENTE nossos pecados.
O castigo merecido pelo pecado é a morte (Romanos 6.23). Sendo assim, quando Jesus deu a sua vida na cruz ele estava oferecendo a Deus o pagamento pelo nosso pecado.
É fato que o pecado (natureza pecaminosa) ainda permanece em nós, preso a nós, porque faz parte de nossa natureza. Porém, existe um aspecto muito mais profundo acerca daquilo que Jesus fez.
O sacrifício de Cristo foi suficiente para pagar todos os nossos pecados (passados, presentes e futuros). Ele pagou a penalidade de nosso pecado, e tendo sido constituído, por Deus, nosso eterno sumo sacerdote, ele vive para sempre para interceder por nós.
"Porque a lei constitui sumos sacerdotes a homens fracos, mas a palavra do juramento, que veio depois da lei, constitui ao Filho, perfeito para sempre." (Hebreus 7.28)
É por isso que Deus não leva mais em conta nossas ofensas para nos CONDENAR após ter nos justificado, ou seja, ter nos inocentado da PENALIDADE do pecado, já paga em Cristo.
Se após Cristo já ter pago a pena por nossos pecados, Deus ainda nos castigasse por causa deles, isso significaria que Cristo não os pagou por completo, que ficou algo ainda a ser pago por nós mesmos e que o sacrifício não foi perfeito.
É isso o que os católicos não entendem. Quando cremos no sacrifício de Cristo, Deus não apaga nosso pecado por completo, mas Jesus o PAGA completamente.
Na verdade, justificação, segundo as Escrituras, é regeneração (João 3,3-5) (Tito 3,5), elevação à dignidade de filhos de Deus não de nome apenas, mas na realidade (1 João 3,1), de modo a nos tornarmos consortes da natureza Divina (2 Pedro 1,4), capazes de produzir atos que imitem a Santidade do Pai Celeste (Mateus 5,48).
Se, por conseguinte, Deus nos concede uma nova natureza ao nos perdoar as faltas, está claro que não basta crer, e que as obras boas devem pertencer ao programa de Santificação do Cristão; elas se tornam condição indispensável para que alguém consiga a vida eterna (Tiago 2,14-26).Deus não pode deixar de exigir tais obras depois de nos ter concedido o princípio capaz de as produzi-la.
Se Deus concede uma nova natureza, isso é sinal de que Ele já nos salvou (Efésios 2.1-5). E como os católicos podem dizer isso se pra eles a salvação só vem no fim da vida?
Boas obras se tornam condição "indispensável" para que alguém consiga a vida eterna? É isso mesmo caro leitor!
Os católicos negam até a morte que ensinam a salvação pelas obras, mas não conseguem negar que elas sejam "necessárias" para que alguém seja salvo. Não simplesmente como consequência da salvação, mas sim, como a causa dela.
E o que fazemos com o texto de Efésios 2.8-10?
"Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto näo vem de vós, é dom de Deus. Näo vem das obras, para que ninguém se glorie; porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas."
Vemos claramente Paulo dizendo que:
1) Somos salvos (justificados/declarados inocentes);
2) Por meio da fé, que é o ÚNICO meio pelo qual temos acesso à graça de Deus (Romanos 5.2);
3) Não vem de obras, para que ninguém se glorie em outro além de Deus, e não tenha mais "méritos" que outros.
Fomos salvos "para" as boas obras, e não "por causa" das boas obras ou em consequência delas. O texto é bem claro ao dizer isso, versículos antes.
"Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)." (Efésios 2.5)
Vivificar significa trazer à vida aquilo que estava morto. É, literalmente, uma ressurreição espiritual. Isso mostra que Deus nos tirou da condição de mortos colocando dentro de nós o Seu Espírito. E isso só foi possível porque Ele não vê mais em nós nossa culpa, já paga em Cristo.
No momento em que cremos e confiamos que nosso castigo já foi pago por Jesus e que somente isso é suficiente para nos reconciliar novamente com Deus, Ele decreta que não somos mais culpados perante Ele.
"E nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus." (Efésios 2.6).
"Porque se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, tendo sido já reconciliados, seremos salvos pela sua vida. E näo somente isto, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, pelo qual agora alcançamos a reconciliaçäo." (Romanos 5.10-11)
Isso é o que os católicos não entendem. A promessa de vida eterna começa aqui, no momento em que cremos. Nós podemos ter a certeza de que já a possuímos (1 João 5.13), porque a presença do Espírito santo em nós é a comprovação de que já fomos selados para o dia da redenção (Efésios 1.13-14; 2 Coríntios 1.20-22)!
Até aqui, tudo o que vimos foi uma tremenda incompreensão das Escrituras por parte de nossos amigos católicos. Além do mais, ele criticam tanto a salvação protestante quando, na verdade, o que estão criticando é a salvação bíblica.
Agora a coisa fica interessante, porque a verdadeira doutrina católica começara a ser revelada.
A Salvação para o Católico
Para o Católico a salvação significa tornar as pessoas conformes à vontade Divina e realmente purificadas e Santificadas, o que é feito pelos Dez Mandamentos de Deus, pelos Sacramentos, pela Oração, Penitência e Caridade. Nós não somos "Salvos" em um determinado momento, simplesmente aceitando Jesus Cristo como nosso Salvador, mas somos justificados em um determinado momento, que cabe a nós Santificar-mos cada vez mais e manter-nos assim na graça de Deus.
Notaram? Eles dizem que não são salvos "em um determinado momento", mas sim como consequência de guardarem mandamentos, sacramentos, penitência, caridade etc...
Se isso não é salvação pelas obras, eu não sei mais o que é.
Será que João estava errado quando escreveu às pessoas que elas "já tinham a vida eterna" (1 João 5.13)?? Como um católico interpretaria um versículo desse?
Será que João estava "errado" aqui, principalmente fazendo uma afirmação tão categória sobre a salvação de OUTRAS pessoas?
Como um autor inspirado por Deus poderia estar dizendo isso se isso não fosse a mais pura verdade? Que é possível ter certeza de nossa salvação!
Além do mais, veja a incoerência: "Não somos "salvos" num determinado momento, mas somos "justificados" num determinado momento".
Como pode ser isso?
Salvação = livramento da condenação
Justificar = inocentar, declarar justo
Logo, se somos "inocentados" num determinado momento, somos "salvos" da condenação num determinado momento.
Porém, para os católicos, o termo grego dikaioo não significa "declarar justo", mas sim "tornar/fazer justo". Isso é uma distorção grotesca do grego bíblico.
Atribuindo o significado que queremos à certas palavras conseguimos provar qualquer ponto de vista, não?
Católicos não entendem como Deus poderia declarar justo alguém que ainda tem pecados em si. É simples... Ele coloca nossa culpa sobre Cristo, e a justiça dele sobre nós. É uma troca. Simples assim, mas os católicos não conseguem entender isso!
Recomendo fortemente a leitura do artigo O JESUS PECAMINOSO DO CATOLICISMO ROMANO, para entender melhor esse assunto, e ver como o significado de tornar justo atribuído ao termo dikaioo se transforma numa das piores heresias que existem dentro do catolicismo.
Deus nos dá um presente, que é a graça, e infelizmente muitas vezes a jogamos fora. A Graça de Deus não é merecida, mas dada. Ela deve, porém, ser correspondida, e correspondida ao longo de toda a vida. Assim a Salvação é algo que, como dizia São Paulo, "Operamos no temor e no tremor" um Dom gratuito, continuamente aceito e acolhido, ou sucessivamente rejeitado e buscado. Neste sentido a Salvação é um ato contínuo.
Salvação é um ato contínuo em um de seus aspectos, que é a santificação. Ver acima sobre os três tempos da salvação.
O termo salvação deve ser entendido em seus três aspectos. Passado, presente e futuro. O aspecto que nos livra da CONDENAÇÃO do pecado é a justificação.
A santificação, que é contínua, tem como objetivo, moldar nosso caráter e nos ensinar a viver na dependência do Pai.
Se somos Salvos, esta salvação vem pelo Sacrifício de Cristo na cruz, não pela Ressurreição. Por sua Ressurreição ele nos mostra o que podemos esperar, ele nos mostra o prêmio aos que, como dizia São Paulo, "Chegam ao fim da corrida". Mas não é pela Ressurreição que somos salvos, e sim pela Cruz.
Aqui está outra blasfêmia. A ressurreição não aponta simplesmente para um "prêmio" que os crentes receberão. Isso é esvaziar o significado da ressurreição por completo!
A cruz envolve o aspecto passado de nossa salvação, com Cristo pagando o preço por nossos pecados e nos livrando da penalidade do pecado;
A ressurreição envolve o aspecto futuro de nossa salvação, onde seremos ressuscitados e de uma vez por todas livres da presença do pecado.
A nossa salvação veio por ambos os aspectos. Porém, o primeiro não valeria de nada sem o segundo, porque foi através da ressurreição de Cristo que Deus mostrou que aceitou o sacrifício feito em nosso favor.
Não há evangelho e nem salvação sem que a ressurreição seja incondicionalmente incluída, segundo o próprio Paulo nos mostra, em 1 Coríntios 15.
1 Também vos notifico, irmäos, o evangelho que já vos tenho anunciado; o qual também recebestes, e no qual também permaneceis.
2 Pelo qual também sois salvos se o retiverdes tal como vo-lo tenho anunciado; se näo é que crestes em väo.
3 Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras,
4 E que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras.
Além do mais, veja:
"[Jesus Cristo] O qual por nossos pecados foi entregue, e ressuscitou para nossa justificaçäo." (Romanos 4.25)
Não haveria justificação sem ressurreição.
O Protestante diz que não precisa ver Jesus na Cruz, ele merece toda Glória, todo louvor, pois agora está ao lado do Pai, na Glória, e não mais na Cruz. Que dizer a respeito? Sem sombra de dúvida, Jesus está ao lado do Pai, na Glória mas por ter estado na Cruz, estaremos um dia nós também, queira Deus, na Glória face a face com ele, se aceitar-mos também nossa Cruz, a exemplo dele quando nos disse para tomarmos nossas Cruzes e segui-lo.
Não precisamos vê-lo na cruz porque ele não está mais na cruz. Hoje, o vemos por fé, glorioso e ressurreto ao lado do Pai.
Notem a expressão "queira Deus estaremos na glória face a face com ele". Essa é a incerteza da salvação para um católico. Lamentável. Que fé e confiança no que Cristo fez é essa?
Dizem que creem completamente no que Cristo fez, e que isso é perfeito e suficiente, mas ainda assim, ao afirmarem que ainda assim precisam "cooperar" para serem salvos, negam a suficiência na obra de Cristo.
Tomar nossa cruz e seguí-lo implica em já termos sido ressuscitados espiritualmente dos mortos pelo agir do Espírito Santo primeiramente, e depois pela fé (Efésios 2.1-5). Um "morto" não pode ouvir nem obedecer, pode?
Ver o Cristo Ressurecto sem ver o Cristo na Cruz é ver o prêmio sem a corrida, é ver o pagamento sem ver o trabalho, é ver em suma o efeito sem ver como a ele se chega. Não basta crer e aceitar Jesus Cristo como Salvador, é preciso viver a Fé, e vivê-la em Santidade. Daí a exigência dos Mandamentos. Daí os Sacramentos. Daí a moral que a Igreja ensina.
Minha nossa!
Agora vemos algo que não é comum de um católico afirmar tão abertamente, não é mesmo? O que fazemos com esses versículos e com outras dezenas deles??
"A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coraçäo creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Visto que com o coraçäo se crê para a justiça, e com a boca se faz confissäo para a salvaçäo." (Romanos 10.9-10)
"Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e näo entrará em condenaçäo, mas passou da morte para a vida." (João 5.24)
Confiar é a tradução correta da palavra pisteuo, normalmente traduzida por "crer". Um católico jamais confiará plenamente na obra de Cristo como sendo plenamente suficiente para sua salvação, sem que ele precise fazer mais nada, se continuar confiando/crendo também em sua própria justiça e santidade.
Obras mortas não salvam ninguém. É preciso, primeiro, ter nossa dívida para com Deus paga, para depois sermos vivificados e passarmos a andar nas boas obras que Ele preparou para nós (Efésios 2.10).
E só teremos nossa divida plenamente paga para com Deus quando aceitarmos e confiarmos que Jesus já fez isso, sem nossa participação. Do contrário, nossas obras são obras mortas, e trapo de imundícia para Deus (Isaías 64.6).
Podemos ver claramente a confiança/fé do católico dividida entre o que Cristo fez e o que ele precisa fazer. Esse tipo de fé/confiança não salva ninguém.
Dizer que crê em Jesus Cristo e ser salvo, é continuar vivendo vida injusta ou dissoluta, é mentir à própria consciência. É preciso viver a Santidade, Humildade, Mansidão, Perdão das ofensas, fuga de toda a corrupção; numa palavra, semelhança com Cristo e prática do Sermão das Bem-Aventuranças, que Ele concluiu assim: "Deveis ser perfeitos como vosso Pai Celeste é perfeito" (Mateus 5,11).
E quem consegue ser perfeito? Você? Tendo uma natureza corrompida dentro de você? Ora, se você não é perfeito como Ele é não pode ser salvo!! E nem adianta dizer que você faz o seu melhor!
Deus não aceita pessoas meia-boca! Quem pensa que é bom o suficiente para ser aceito por Deus, nunca será aceito por Ele!
É por isso que Ele deve enxergar em nós a perfeição de Cristo para nos aceitar completamente. Essa última afirmação do autor desse artigo nos mostra claramente que ele está confiando também em sua própria justiça para ser salvo, como consequência de sua obediência.
Os ensinamentos da ICR finalmente mostram as garras!
"E seja achado nele [Jesus Cristo], näo tendo a minha justiça que vem da lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a saber, a justiça que vem de Deus pela fé." (Filipenses 3.9)
Quando católicos fazem a afirmação de que protestantes dizem que são salvos e não querem nem saber de obedecer, estão profundamente errados. É fato que existem pseudo-cristãos, assim como os católicos, por aí.
Porém, dizer que quem realmente confia na obra de Cristo vai continuar em libertinagem, é, no mínimo, duvidar do poder de Deus. Os católicos deveriam aprender mais da fé/confiança que Paulo tinha em vez de seguirem regras e mandamentos que não passam de engôdo para afastar os olhos do homem do verdadeiro evangelho.
"Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo" (Filipenses 1.6)
É isso aí meus caros leitores!
Como vocês puderam ver, católicos acusam protestantes de ensinarem a salvação bíblica, e na verdade, eles mesmos, ensinam a salvalção anti-bíblica.
Que Deus conceda sabedoria a eles e abra os olhos de quem Ele quiser abrir, para que eles possam, de fato, entender a suficiência daquilo que Cristo fez, sem que houvesse a necessidade da cooperação de mortos espirituais.
Que Ele os abençoe!